Dicas


Técnicas de Construção Civil

Construção e Reforma
Alvenaria, pelo dicionário da língua portuguesa, é a arte ou ofício de pedreiro ou alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais ou artificiais, ligadas ou não por argamassa.
Modernamente se entende por alvenaria, um conjunto coeso e rígido, de tijolos ou blocos (elementos de alvenaria) unidos entre si por argamassa.
A alvenaria pode ser empregada na confecção de diversos elementos construtivos (paredes, abóbadas, sapatas, etc...) e pode ter função estrutural, de vedação etc...Quando a alvenaria é empregada na construção para resistir cargas, ela é chamada Alvenaria resistente, pois além do seu peso próprio, ela suporta cargas (peso das lajes, telhados, pavim. superior, etc...)
Quando a alvenaria não é dimensionada para resistir cargas verticais além de seu peso próprio é denominada Alvenaria de vedação. As paredes utilizadas como elemento de vedação devem possuir características técnicas que são:
•    Resistência mecânica
•    Isolamento térmico e acústico
•    Resistência ao fogo
•    Estanqueidade
•    Durabilidade
As alvenarias de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto, são as mais utilizadas, mas existe investimentos crescentes no desenvolvimento de tecnologias para industrialização de sistemas construtivos aplicando materiais diversos. No entanto neste capítulo iremos abordar os elementos de alvenaria tradicionais.


4.1 - ELEMENTO DE ALVENARIA

Produto industrializado, de formato paralelepipedal, para compor uma alvenaria, podendo ser:


4.1.1 - Tijolos de barro cozido

a - Tijolo comum (maciço, caipira)

São blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilíneas (Figura 4.1), obtidos após a queima das peças em fornos contínuos ou periódicos com temperaturas das ordem de 900 a 1000°C.
* dimensões mais comuns: 21x10x5
* peso: 2,50kg
* resistência do tijolo: 20kgf/cm²
* quantidades por m²:
parede de 1/2 tijolo: 77un
parede de 1 tijolo: 148un


b - Tijolo furado (baiano)

Tijolo cerâmico vazado, moldados com arestas vivas retilíneas. São produzidos a partir da cerâmica vermelha, tendo a sua conformação obtida através de extrusão.

* dimensões: 9x19x19cm
* quantidade por m²:
parede de 1/2 tijolo: 22un
parede de 1 tijolo: 42un
* peso * 3,0kg
* resistência do tijolo * espelho: 30kgf/cm²  e um tijolo: 10kgf/cm²
* resistência da parede * 45kgf/cm²

A seção transversal destes tijolos é variável, existindo tijolos com furos cilíndricos (Figura 4.2) e com furos prismáticos (Figura 4.3).
No assentamento, em ambos os casos, os furos dos tijolos estão dispostos paralelamente à superfície de assentamento o que ocasiona uma diminuição da resistência dos painéis de alvenaria.
As faces do tijolo sofrem um processo de vitrificação, que compromete a aderência com as argamassas de assentamento e revestimento, por este motivo são constituídas por ranhuras e saliências, que aumentam a aderência.


c - Tijolo laminado  (21 furos)

Tijolo cerâmico utilizado para executar paredes de tijolos à vista (Figura 4.4). O processo de fabricação é semelhante ao do tijolo furado.

* dimensões: 23x11x5,5cm
* quantidade por m²:
parede de 1/2 tijolo: 70un
parede de 1 tijolo: 140un
* peso aproximado * 2,70kg
* resistência do tijolo * 35kgf/cm²
* resistência da parede: 200 a 260kgf/cm²


A tabela 4.1 determina as dimensões normalizadas para os elementos cerâmicos existentes comercialmente.


Tabela 4.1 - Dimensões normalizadas dos elementos cerâmicos

Tabela NBR - Dimensões nominais de blocos de vedação e estruturais, comuns e especiais
Tipo(A)    Dimensões nominais (mm)
L  x  H  x  C  (cm)    Largura (L)    Altura(H)    Comprimento(C)
10 x 20 x 20    90    190    190
10 x 20 x 25    90    190    240
10 x 20 x 30    90    190    290
10 x 20 x 40    90    190    390
12,5 x 20 x 20    115    190    190
12,5 x 20 x 25    115    190    240
12,5 x 20 x 30    115    190    290
12,5 x 20 x 40    115    190    390
15 x 20 x 20    140    190    190
15 x 20 x 25    140    190    240
15 x 20 x 30    140    190    290
15 x 20 x 40    140    190    390
20 x 20 x 20    190    190    190
20 x 20 x 25    190    190    240
20 x 20 x 30    190    190    290
20 x 20 x 40    190    190    390
Medidas especiais    Dimensões nominais (mm)
L x H x C   (cm)    Largura (L)    Altura(H)    Comprimento(C)
10 x 10 x 20    90    90    190
10 x 15 x 20    90    140    190
10 x 15 x 25    90    140    240
12,5 x 15 x 25    115    140    240




4.1.2 - Tijolos de solo cimento

Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do próprio terreno onde se processa a construção, cimento Portland de 4 a 10%, e água, prensados mecanicamente ou manualmente. São assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8 (Figura4.5) ou por meio de cola (Figura 4.6).

* dimensões: 20x10x4,5cm
* quantidade: a mesma do tijolo maciço de barro cozido
* resistência a compressão: 30kgf/cm²


4.1.3 - Blocos de concreto

Peças regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e água (Figura 4.7; 4.8). O equipamento para a execução dos blocos é a presa hidráulica. O bloco é obtido através da dosagem racional dos componentes, e dependendo do equipamento é possível obter peças de grande regularidade e com faces e arestas de bom acabamento. Em relação ao acabamento os blocas de concreto podem ser para revestimento (mais rústico) ou aparentes.



A Tabela 4.2 determina as dimensões nominais dos blocos de concreto mais utilizados.


Tabela 4.2 - Dimensões nominais dos blocos de concreto

dimensões    a        b        c    peso        a        b        c    peso
*:     09    x    19    x    39    10kg        09    x    19    x    19    4,8kg

11    x    19    x    39    10,7kg    1/2 tijolo    14    x    19    x    19    6,7kg
14    x    19    x    39    13,6kg        19    x    19    x    19    8,7kg
19    x    19    x    39    15,5kg                       
* quantidade de blocos por m² : 12,5un
* resistência do bloco: deve-se consultar o fabricante


Bloco Canaleta :     14 x 19 x 39 = 13,50 kg
19 x 19 x 39 = 18,10 kg





4.2 – ELEVAÇÃO DA ALVENARIA:


4.2.1 - Paredes de tijolos maciços

Depois de, no mínimo, um dia da impermeabilização, serão erguidas as paredes conforme o projeto de arquitetura. O serviço é iniciado pêlos cantos (Figura 4.9) após o destacamento das paredes (assentamento da primeira fiada), obedecendo o prumo de pedreiro para o alinhamento vertical (Figura 4.10) e o escantilhão no sentido horizontal (Figura 4.9).
Os cantos são levantados primeiro porque, desta forma, o restante da parede será erguida sem preocupações de prumo e horizontalidade, pois estica-se uma linha entre os dois cantos já levantados, fiada por fiada.
A argamassa de assentamento utilizada é de cimento, cal e areia no traço 1:2:8.
2o - Sobre a  argamassa o tijolo e assentado com a face rente à linha, batendo e acertando com a colher conforme Figura 4.12.

Mesmo sendo os tijolos da mesma olaria, nota-se certa diferença de medidas, por este motivo, somente uma das faces da parede pode ser aparelhada, sendo a mesma à externa por motivos estéticos e mesmo porque os andaimes são montados por este lado fazendo com que o pedreiro trabalhe aparelhando esta face.
Quando as paredes atingirem a altura de 1,5m aproximadamente, deve-se providenciar o primeiro plano de andaimes, o segundo plano será na altura da laje, se for sobrado, e o terceiro 1,5m acima da laje e assim sucessivamente.
Os andaimes são executados com tábuas de 1"x12" (2,5x30cm) utilizando os mesmos pontaletes de marcação da obra ou com andaimes metálicos.
No caso de andaimes utilizando pontaletes de madeira as tábuas devem ser pregadas para maior segurança do usuários.


4.2.1.a - Amarração dos tijolos maciços

Os elementos de alvenaria devem ser assentados com as juntas desencontradas, para garantir uma maior resistência e estabilidade dos painéis (Figuras4.14; 4.15; 4.16). Podendo ser:


a - Ajuste comum ou corrente, é o sistema mais utilizado



b -  Ajuste Francês também comumente utilizado


c -  Ajuste Inglês, de difícil execução pode ser utilizado em alvenaria de tijolo aparente



4.2.1.b - Formação dos cantos de paredes

É de grande importância que os cantos sejam executados corretamente, pois como já visto, as paredes iniciam-se pêlos cantos.


4.2.1.d - Empilhamento de tijolos maciços

Para conferir na obra a quantidade de tijolos maciços recebidos, é comum empilhar os tijolos de maneira como mostra a Figura 4.23. São 15 camadas, contendo cada 16 tijolos, resultando 240. Como coroamento, arrumam-se mais 10 tijolos, perfazendo uma pilha de 250 tijolos. Costuma-se, também, pintar ou borrifar com água de cal as pilhas, após cada descarga do caminhão, para não haver confusão com as pilhas anteriores.

4.2.1.e - Cortes em tijolos maciços

O tijolo maciço permite que seja dividido em diversos tamanhos, o que facilita no momento da execução. Podemos dividi-lo pela metade ou em 1/4 e 3/4 de acordo com a necessidade (Figura 4.24).



4.2.2 - Paredes com bloco de concreto

São paredes executadas com blocos de concreto vibrado. Com o desenvolvimento dos artigos pré-moldados, se estendem rapidamente em nossas obras.
O processo de assentamento é semelhante ao já descrito para a alvenaria de tijolos maciços. As paredes iniciam-se pêlos cantos utilizando o escantilhão para o nível da fiada e o prumo.
A argamassa de assentamento dos blocos de concreto é mista composta por cimento cal e areia no traço 1:1/2:6.

Vantagens:         - peso menor
- menor tempo de assentamento e revestimento, economizando
mão-de-obra.
- menor consumo de argamassa para assentamento.
- melhor acabamento e uniformidade.
Desvantagens:      - não permite cortes para dividi-los.
-    geralmente, nas espaletas e arremates do  vão, são necessários tijolos comuns.
-    difícil para se trabalhar nas aberturas de rasgos para embutimento de canos e conduítes.
-    nos dias de chuva aparecem nos painéis de alvenaria externa, os desenhos dos blocos. Isto ocorre devido à absorção da argamassa de assentamento ser diferente da dos blocos.
-
Os blocos de concreto para execução de obras não estruturais têm o seu fundo tampado para facilitar a colocação da argamassa de assentamento. Portanto, a elevação da alvenaria se dá assentando o bloco com os furos para baixo.


O assentamento é feito em amarração. Pode ser junta a prumo (somente quando for vedação em estrutura de concreto).
A amarração dos cantos e de parede interna com externa se faz utilizando barras de aço a cada três fiadas ou utilizando um pilarete de concreto no encontro das alvenarias:


4.2.3 - Parede de tijolos furados

As paredes de tijolo furado são utilizadas com a finalidade de diminuir o peso das estruturas e economia, não oferecem grande resistência e portanto, só devem ser aplicados com a única função de vedarem um painel na estrutura de concreto.
Sobre elas não devem ser aplicados nenhuma carga direta. No entanto, os tijolos baianos também são utilizados para a elevação das paredes, e o seu assentamento e feito em amarração, tanto para paredes de 1/2 tijolo como para 1 tijolo (Figura 4.27).


A amarração dos cantos e da parede interna com as externas, se faz através de pilares de concreto, pois não se consegue uma amarração perfeita devido às diferenças de dimensões.



4.3 - VÃOS EM PAREDES DE ALVENARIA

Na execução das paredes são deixados os vãos de portas e janelas. No caso das portas os vãos já são destacados na primeira fiada da alvenaria e das janelas na altura do peitoril determinado no projeto. Para que isso ocorra devemos considerar o tipo de batente a ser utilizado pois a medida do mesmo deverá ser acrescido ao vão livre da esquadria (Figura 4.29).

esquadrias de madeira:    porta = acrescentar 10 cm na largura e 5cm na altura, devido aos batentes.
janela =  acrescentar 10cm na largura e 10cm na altura.

esquadrias de ferro: como o batente é a  própria  esquadria, os acréscimos serão de 3cm tanto na largura como na altura.

Sobre o vão das portas e sobre e sob os vãos das janelas devem ser construídas vergas.
Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas esquadrias e quando trabalha sob o vão, tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas uniformemente pela alvenaria inferior:


Vergas sobre e sob os vãos


As vergas podem ser pré-moldadas ou moldadas no local, e devem exceder ao vão no mínimo 30cm ou 1/5 do vão.
No caso de janelas sucessivas, executa-se uma só verga.

As Figuras 4.31; 4.32 exemplificam as vergas nas paredes de alvenaria executadas com tijolos maciços para:


Vãos até 1,0m



Figura 4.31 - Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos até 1,00m


Vãos entre 1,0 e 2,0m


Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos entre 1,00m e 2,00m
OBS: Caso o vão exceda a 2,00m, deve-se calcular uma viga armada.




4.4 - OUTROS TIPOS DE REFORÇOS EM PAREDES DE ALVENARIA.

Quando uma viga, de pequena carga, proveniente principalmente das coberturas, descarrega sobre a alvenaria , para evitar a carga concentrada e consequentemente o cisalhamento nos tijolos, fazem-se coxins de concreto.

Ao chegar com as paredes à altura da laje (respaldo das paredes), quando não temos uma verdadeira estrutura de concreto e os vão são pequenos, utilizamos uma nova cinta de amarração sob a laje e sobre todas as paredes que dela recebem carga.
As cintas de amarração no respaldo das paredes servem para apoio das lajes, nestes casos para lajes de pequenos vãos, no máximo entre 2,50 a 3,00m, (ver apoio de lajes em alvenaria nas anotações de aulas nº5).


Obs. As  cintas de amarração servem para distribuir as cargas e "amarrar" as paredes (internas com as externas). Se necessitarmos que as cintas suportem cargas, devemos então calcular vigas.






4.5 - MUROS

Os fechamentos para divisas podem ser executados em alvenaria de bloco de concreto (14 x 19 x 39), tijolo maciço ou tijolo furado. Tudo vai depender de um estudo econômico e também técnico para a escolha do melhor elemento
Para o bloco de concreto podemos executar de duas maneiras: à vista (Figura 4.40) ou revestido (Figura 4.41). Se a escolha for à vista, devemos utilizar os próprios furos dos blocos para preencher com "grout", formando assim os pilaretes, tomando sempre o cuidado de deixar as juntas com o mesmo espaçamento, para podermos frisá-las.
Se a escolha for para o revestimento, poderemos também utilizar os furos do bloco como pilarete ou colocar formas e executar um pilarete, neste caso armado.
Para o tijolo furado e o maciço, devemos quase sempre revesti-los, portanto a cada 2,5 a 3,0m executa-se um pilarete de 10 x 25, com o auxílio de formas de madeira.

Obs. Qualquer que seja o elemento escolhido para a execução do muro a cada, no máximo, de 10,00 a 15,00m, devemos deixar uma junta de dilatação de 1,0cm. Esta junta deve ser executada para evitar que no muro apareça trincas devido ser o mesmo esbelto, estar parcialmente engastado no alicerce, e sofrer movimentação devido a variação térmica, ventos etc.


4.5.1 -Fechamento de divisas em bloco de concreto


a - À vista:


4.5.3 - Tipos de fundações para os muros


Podemos efetuar, dependendo do terreno, um alicerce em sapata corrida de concreto ou com brocas.
As sapatas corridas devem estar em nível e apoiadas em solo firme a uma profundidade mínima de 40cm, caso o terreno não comporte este tipo de alicerce podemos optar por brocas.
As brocas, geralmente de ? 20cm efetuadas a trado. Como as cargas dos muros de divisa não são elevadas podemos faze-la com 2,0m de profundidade e a cada 2,5 ou 3,0m de distância uma das outras.
Devemos sempre deixar as valas do alicerce do muro em nível para evitarmos esforços na alvenaria, o que poderia ocasionar o aparecimento de fissuras.
Figura 4.43 - Exemplo de fundação para muros


No respaldo do alicerce do muro, devemos executar também, uma proteção impermeável, através de argamassa e impermeabilizantes, para evitar a presença de umidade na alvenaria de elevação do muro.
Deverá ser executado uma cinta de amarração no mínimo no meio e no respaldo da alvenaria, que tem a função de interligar os pilaretes com a alvenaria.



4.6 - ARGAMASSA - PREPARO E APLICAÇÃO

As argamassas, junto com os elementos de alvenaria, são os componentes que formam a parede de alvenaria não armada, sendo a sua função:

- unir solidamente os elementos de alvenaria
- distribuir uniformemente as cargas
- vedar as juntas impedindo a infiltração de água e a passagem de insetos, etc...

As argamassas devem ter boa trabalhabilidade. Difícil é aquilatar esta trabalhabilidade, pois são fatores subjetivos que a definem. Ela pode ser mais ou menos trabalhável, conforme o desejo de quem vai manuseá-la. Podemos considerar que ela é trabalhável quando distribui-se com facilidade ao ser assentada, não "agarra" a colher do pedreiro; não endurece rapidamente permanecendo plástica por tempo suficiente para os ajustes (nível e prumo) do elemento de alvenaria.

4.6.1 - Preparo da argamassa para assentamento de alvenaria de vedação

A argamassa de assentamento deve ser preparada com materiais selecionados, granulometria adequada e com um traço de acordo com o tipo de elemento de alvenaria adotado. Podem ser preparadas:

a) - Manualmente


b) - Com betoneira

Aplicação
Traço    Rendimento por saco de cimento
Alvenaria de tijolos de barro cozido (maciço)    1 lata de cimento
2 latas de cal
8 latas de areia
10m²
Alvenaria de tijolos baianos ou furados    1 lata de cimento
2 latas de cal
8 latas de areia
16m²
Alvenaria de blocos de concreto    1 lata de cimento
1/2 lata de cal
6 latas de areia
30m²


4.6.2 - Aplicação

Tradicional: onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e depois pressiona o tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o prumo:


Figura 4.46 - Assentamento Tradicional


Cordão: onde o pedreiro forma dois cordões de argamassa, melhorando o desempenho da parede em relação a penetração de água de chuva, ideal para paredes em alvenaria aparente.


Quando a alvenaria for utilizada aparente, pode-se frisar a junta de argamassa, que deve ser comprimida e nunca arrancada, conferindo mais resistência além de um efeito estético.
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                              Dicas do sesi                               
DSST – Divisão de Saúde e Segurança no Trabalho
Este suplemento é parte integrante do Manual de Segurança e Saúde no Trabalho:
Indústria da Construção Civil – Edificações. São Paulo: SESI, 2008.
As referências deste trabalho podem ser consultadas no
Centro de Documentação e Informação – CDI
Tel.: (11) 3834-0664 / (11) 3834-9102
e-mail: cdi@sesisp.org.br
sst@sesisp.org.br
◘ O trabalho deve ser realizado por profissional qualificado e supervisionado por profissional
legalmente habilitado;
◘ O quadro de força principal, a distribuição, as tomadas e os comandos devem ter proteção
contra intempéries;
◘ A fiação elétrica enterrada deve ser protegida por placas de concreto ou eletrodutos, ter
sinalização de advertência e ser mantida à distância mínima de 1,50m das escavações;
◘ O fusível, a chave e o disjuntor devem ser compatíveis com o circuito. Não substituir por
dispositivo improvisado ou por fusível de capacidade superior, sem a correspondente troca de
fiação;
◘Usar o conjunto plugue e tomada para ligar máquinas e equipamentos elétricos móveis;
◘Aterrar estruturas e carcaças de equipamentos elétricos.



FUNDAÇÃO
A fundação ou alicerce serve para apoiar a casa no terreno. A fundação
depende do tipo de solo do seu terreno. Uma sondagem permite saber
qual é a fundação mais indicada. Existem firmas especializadas em
sondagens de solos. Mas a melhor dica é consultar os vizinhos para
saber como foram feitas as fundações das casas próximas.

Baldrame (sapata corrida)
Se você encontrar solo firme até
uma profundidade de 60 cm, você
pode abrir uma vala e fazer o
baldrame diretamente sobre o fundo
dela. Você pode fazer baldrame de
blocos ou de concreto.

ldrame de
blocos de concreto



 






Técnica de Construção Civil e Construçao de Edificios 12

12 - ESCADAS
APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:
· Escolher o tipo de escada ideal para a sua edificação;
· Calcular corretamente as escadas;
· Executar corretamente a escada calculada.
12.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS, NORMAS E TERMINOLOGIA
As escadas servem para unir, por degraus sucessivos, os diferentes níveis de uma construção.
Para isso deveremos seguir algumas normas:
a) A proporção cômoda entre o plano horizontal e o plano vertical dos degraus é definida pela
expressão:
0,63 £ 2e + p £ 0.64m
Sendo: e = plano vertical, altura ou espelho.
p = plano horizontal, largura ou piso.
As alturas máximas e larguras mínimas admitidas são:
- Quando de uso privativo:
a) altura máxima 0.19 m
b) largura mínima 0.25 m
2º - Quando de uso comum ou coletivo:
a) altura máxima 0.18 m
b) largura mínima 0.27 m
Os pisos dos degraus poderão apresentar saliências até de 0,02m, que não será computada na
dimensão mínima exigida (Figura 12.1).

Figura 12.1 - Detalhe dos degraus de uma escada (G.Baud,1976)
Temos nas escadas a linha de plano horizontal ou linha de piso que é a projeção sobre um
plano horizontal do trajeto seguido por uma pessoa que transita por uma escada.
Em geral esta linha ideal se situa na parte central dos degraus, quando a largura da escada for
inferior ou igual a 1,10m. Quando exceder a essa grandeza a linha de planos horizontais se traça a
s
266
50 ou 55cm da borda interior (Figura 12.2). Esta é a distância a que circula uma pessoa que com a
mão se apoia no corrimão lateral e é a que se conserva nas curvas.
Sobre a linha de planos horizontais tomam-se exatamente os valores da largura do degrau,
que deverão ser constantes ao longo da mesma.
O conjunto dos degraus compreendidos entre dois níveis, ou entre dois patamares chama-se
lanço ou lance.
Um lance não deve ter mais de que 16 degraus ou ainda não exceder a 2,90 m de altura a
vencer. Se o número exceder aos valores será preciso intercalar um descanso intermediário
(patamar). A largura deste deverá ser no mínimo três pisos (plano horizontal), nunca inferior à
largura da escada. Em cada piso a escada desemboca em um descanso que se chama patamar ou
descanso de chegada.
      
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  Manual de Construcao de Fogoes Eficientes


                                 

 


MANUAL SOBRE
CONDIÇÕES DE TRABALHO
NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Segurança e Saúde do Trabalhador

Manual sobre Condições
de Trabalho na
Construção Civil
Segurança e Saúde do Trabalhador
Coordenador técnico: DEOGLEDES MONTICUCO
Coordenador das atividades de Engenharia de
Segurança do Trabalho na Construção Civil da
FUNDACENTRO
Autora: FERNANDA GIANNASI
Engenheira CMI e de Segurança «to Trabalho - INSS/SP
Ilustrador: ALFER (Álvaro Ferreira Filho)
SÃO PAULO 1991
1 Edição - 1987 - FUNDACENTRO - Edição revisada - 1990, 1991
Série de Engenharia Civi n? 5 Catalogação
da fonte: SDB/FUNDACENTRO
UMA, Fernanda Giannasi de Albuquerque & ALFER. ilus.
Manual sobre condições de trabalho na construção civil; segurança e saúde do trabalhador. EcL rev. São
Paulo. FUNDACENTRO, 1991.
58p. Nus. (Série Engenharia Civil n? 5)
1. Construção civil - Trabalhei condições de 2. Choque elétrico - Acidente, prevenção 3. Construção civil -
Equipamento de proteçâo individual 4. Higiene e conforto civil 5. Queda - Construção civi 6. Soterramento .
Acidente, prevenção l. ALFER, ilus. II. FERREIRA FILHO, Álvaro, Mus. IX. MONDCUCO, Oeogledes IV.
FUNDACENTRO V. série VI. Título
índtees para o catálogo sistemático 1.
1.Acidente, prevenção - Choque elétrico 614.8:616-001.21 *
AsNybs**
2.Acidente, prevenção - Soterramento 614.8:614.823*
AsYiv**
3.Choque elétrico - Acidentei prevenção 616-001.21:614.8*
NybsAs**
4. Construção civil - Equipamento de proteçâo individual 624:614.89*
XipT*»
5. Construção civil - Higiene e conforto 624:331.822 *
XipVu**
6. Construção civil - Queda 624:614.821 *
XipYis"
• 7. Construção civil • Trabalho, condições de 624:331.82 *
XipKob**
8. Equipamento de proteçãojndividual - Construção civil 614.89:624*
TXip**
9. Higiene e conforto - Construção civil 331.822:624*
VuXip**
10. Queda - Construção civil 614.821:624*
YisXip**
11. Soterramento - Acidente, prevenção 614.823:614.8*
YivAs**
12. Trabalho, condições de - Construção civil 33182:624*
KobXip**
Permitida a reprodução total ou parcial, com menção de origem.
Comentários e sugestões relativos a esta publicação deverão ser encaminhadas para:
FUNDACENTRO. Divisão de Segurança do Trabalho
Rua Capote Valente, 710 05409 - São Paulo, SP -
Brasil
Tiragem: 45.000 exemplares
* Classificação Decimal Universal
••Classificação do "Centre International d'lnformations de Sécurité et d'Hygiène du Travai!"
L698m
CDU 624:331.82 OS
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PREFÁCIO
A Construção Civil, responsável no Brasil por 25% dos acidentes do trabalho comunicados
ao INPS - Instituto Nacional da Previdência Social, após muitos anos a
estagnação, volta como um dos setores que mais atraem mão-de-obra no País tem
absorvido de outros setores, principalmente da agricultura.
São obras de todo o tipo: viárias, metropolitanos, edifícios em geral, usinas
hidrelétricas, ampliação de parques industriais etc., que trazem consigo um dos
maiores e mais antigos problemas de que se têm notícia - falta de condições no
trabalho, gerando os acidentes do trabalho e as doenças ocupacionais.
Com base nessa estatística assustadora, onde entre as três maiores causas
registradas estão: quedas, riscos com eletricidade e soterramentos, é que se
instituiu 1987 como o Ano Nacional da Construção Civil - Segurança e Saúde do
Trabalhador.
Para que não fosse mais um programa que se diluísse com o tempo, a
comuni- dade (Governo, trabalhadores e empresários) foi conclamada a
participar, criando se então uma ação conjunta, eficaz e permanente.
A legislação pertinente ao assunto está na CLT- Consolidação das Leis do
Trabalho, precisamente no Capítulo V do Título II. Este Capítulo, alterado pela Lei
6.514 de 22/12/77, foi regulamentado pela Portaria 3.214 de 8/6/78, que criou as 28
Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.
Para as obras de Construção, Demolição e Reparos, a Norma Regulamentadora
n.° 18, com última redáção dada pela Portaria 17 de 7/7/83, é a que dita as
normas básicas de Segurança a serem adotadas pelas empresas e respeitadas
pêlos trabalhadores.
Dentro da programação do Ano Nacional da Construção Civil- Segurança e
Saúde do Trabalhador, procurou-se incrementar o trabalho da fiscalização do
Ministério do Trabalho em conjunto com as lideranças sindicais, baseando-se no
espirito da OIT- Organização Internacional do Trabalho, com sede em Genebra,
que, em sua Convenção 148, ratificada pelo Brasil em 15/10/86 pelo Decreto
93.413, em sua Parte II, artigo 5, item 4, prevê que: "Os representantes do
empregador e os representantes dos trabalhadores da empresa deverão ter a
possibilidade de acompanhar os Agentes da Inspeção no controle da aplicação
das medidas prescritas de acordo com a presente Convenção, a menos que os
Agentes da Inspeção julguem, à luz das diretrizes gerais da autoridade
competente, que isso possa prejudicar a eficácia de seu controle".
Outra questão fundamental para a eficiência do programa foi a Portaria GD n°
03/87 do Sr. Delegado Regional do Trabalho em São Paulo, Dr. Argeu Quintanilha
de Carvalho, que em 28/1/87 delegou aos engenheiros e médicos do Ministério do
Trabalho, lotados na Divisão de Segurança e Medicina do Trabalho da
Delegacia Regional do Trabalho em São Paulo, o poder do Embargo ou
Interdição, quai ocorressem situações de grave e iminente risco no setor da
Construção Civil.
O Embargo e a Interdição, previstos na Norma Regulamentadora n.° 03, da Portaría
de 9/3/83, são sanções impostas às empresas que exponham os
trabalhadores a situações de grave e iminente risco à sua integridade física,
compreendendo o Embargo a paralisação total ou parcial da obra de Engenharia
(Construcão, Montagem, Instalação, Manutenção e Reforma) e a Interdição a
paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou
equipamento. Durante o Embargo ou a Interdição, os trabalhadores têm
garantido o seu salario em todo o período, como se estivessem em efetivo
exercício.
A FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina
do Trabalho - e a Delegacia Regional do Trabalho em São Paulo, órgãos ligados, ao
Ministério do Trabalho, sendo, respectivamente, instituição de pesquisa e assessoramento
técnico na área de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho e órgão
de fiscalização das condições de Segurança e Medicina no Trabalho, uniram-se,
através de seus técnicos, e realizaram trabalhos conjuntos, tais como este Manual,
que servirá de guia tanto para os Agentes da Inspeção do Trabalho, como para
técnicos da área, empresários, sindicalistas e trabalhadores.
O programa do Ano Nacional da Construção Civil também colocou em prática
outras atividades, tais como: cursos para dirigentes sindicais sobre a NR 18, criação
de comités nas principais cidades brasileiras para discussão de problemas locais e
regionais no tocante à Segurança do Trabalho na Construção Civil, Seminários
Regionais sobre o tema, preparação de material instrucional para auxiliar na formação
e treinamento de interessados no assunto, bem como instituiu um programa de
treinamento dos trabalhadores nos canteiros e frentes de trabalho, através de
Unidades Móveis de Ensino.
Para finalizar, não poderíamos deixar de citar a 73.' reunião ocorrida em junho de
87 em Genebra, promovida pela OIT, cujas conclusões, que deverão tornar-se Convenção
para o setor da Construção Civil a ser adotada pêlos países-membros, inclusive
o Brasil, prevêem que:
1) A legislação nacional deverá estabelecer o direito de qualquer trabalhador recusar-
se a trabalhar em uma situação de perigo, quando tenha motivos razoáveis
para crer que tal situação seja de grave e iminente risco para sua segurança e saúde,
devendo o mesmo informar o fato ao seu superior hierárquico.
2) Quando houver um risco iminente para a segurança dos trabalhadores, o empregador
deverá adotar medidas imediatas para interromper as atividades e, conforme
o caso, proceder à evacuação dos trabalhadores.
3) Devem ser fornecidas a todos os trabalhadores de maneira suficiente e apropriada:
a) informações sobre os possíveis riscos à sua segurança e saúde a que possam
estar expostos nos locais de trabalho;
b) instruções e formação sobre as medidas disponíveis para prevenir e controlar
tais riscos e para proteger-se deles.
Como Recomendação, a mesma reunião prevê que o governo que ratificá-la deverá:
a) adotar todas as medidas necessárias, incluindo a criação de sanções apropriadas,
para garantir a aplicação efetiva das disposições da Convenção;
b) organizar Serviços de Inspeção apropriados para supervisionarem a aplicação
das medidas que se adotarem, de conformidade com a Convenção,
ou para certificar-se de que levem a cabo as inspeções adequadas;
c) dotar os ditos serviços dos meios necessários para realizarem sua tarefa.
A Autora
SUMARIO
Págs
PREFÁCIO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................1
2. PREVENÇÃO DE QUEDAS...................................................................................2
3. PREVENÇÃO DE SOTERRAMENTOS...............................................................15
4. PREVENÇÃO DE CHOQUES ELÉTRICOS .........................................................17
5. PREVENÇÃO DE OUTROS RISCOS..................................................................20
6. EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL........................................25
7. CONDIÇÕES MÍNIMAS DE CONFORTO............................................... ...........26
8. ANEXOS...................................................;...........................................................31
8.1 ENDEREÇOS QUE VOCÊ DEVE CONHECER ..............................................31
8.2 NR 18- OBRAS DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REPAROS...............35
9. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................58
1INTRODUÇÃO
O presente manual, ilustrado, foi concebido com o objetivo de facilitar o
entendimento das normas básicas de Segurança do Trabalho na
Construção Civil.
Ele foi dividido em medidas coletivas de prevenção de quedas, soterramentos,
choques elétricos e outros riscos gerais presentes na Construção
Civil, em razão da frequência e gravidade dos acidentes registrados.
Como complemento, são citados os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) adequados à atividade, bem como são apresentadas as
condições minimas de conforto que devem estar presentes nas obras da
Construção Civil que são: refeitório ou local para refeições, sanitários, água
potável, vestií e alojamento.
Para facilitar o entendimento e proporcionar uma melhor visualização
da mensagem transmitida, na maioria dos casos se procurou retratar as
situações incorretas e corretas simultaneamente.
Deve ser lembrado que, todas as vezes em que houver no texto técnico a
citação grave e iminente risco, fica subentendido que essas situações são
sujeitas à Interdição ou ao Embargo (citados no Prefácio deste livro) e que
elas devem ser sanadas imediatamente.
No final, são encontrados os endereços dos órgãos ligados ao
Ministérrio do Trabalho que atuam na área de Segurança e Medicina do
Trabalho em todo o Brasil e a reprodução, na íntegra, da Norma
Regulamentadora n.° 18, do Ministério do Trabalho, que, junto com o texto
técnico ilustrado, subsidiarão empresários, trabalhadores, técnicos da área
e sindicalistas.

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS
1 - PROJETO - ESTUDOS PRELIMINARES
APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE:
·
·
·
·
1.1 - ESTUDO COM O CLIENTE
Elaborar um bom projeto arquitetónico; Utilizando métodos simples, definir a planimetria e a altimetria de um terreno; Analisar a topografia de um terreno; Utilizar melhor a topografia dos terrenos.
Sabemos que para se executar qualquer projeto devemos antes de mais nada, realizar
uma entrevista com o interessado em executar qualquer tipo de construção. No nosso caso,
será o cliente, juntamente com os seus familiares, pois vamos nos ater a pequenas obras
(residências unifamiliares).
Devemos considerar que geralmente o cliente é praticamente leigo, cabendo então ao
profissional orientar esta entrevista, para obter o maior número possível de dados.
Para nos auxiliar na objetividade da entrevista inicial com o cliente, damos abaixo um
possível modelo de questionário (Tabela 1,.1), que tem a função de orientar evitando
esquecimentos.






ROTEIRO DA ECONOMIA PARA CONSTRUÇÃO DA CASA






ROTEIRO DA ECONOMIA PARA CONSTRUÇÃO DA CASA

Da escolha do terreno aos acabamentos, a construção pode ter seus custos significativamente reduzidos, desde que o processo tenha um planejamento e uma organização adequado. As dicas abaixo buscam, de forma bastante resumida e simplificada, mostrar como:

COMPRA DO TERRENO
• se possível, escolher um terreno plano, o que representará menos gastos com terraplanagem e fundações;
• para avaliar o solo, é importante contratar uma empresa de sondagem; caso o resultado apresente um solo de boa resistência superficial, será possível utilizar uma fundação tipo sapata corrida (uma laje armada horizontalmente, de 50 a 60cm, em valas de aproximadamente 1 metro de profundidade), que consome menos concreto;
• em um lote acidentado é possível fazer terraplanagem, mas a necessidade de fazê-la ou não será definida pelo projeto arquitetônico, que pode tirar proveito da inclinação ou dos acidentes naturais do lugar;
• para terrenos em declive, uma solução pode ser a utilização de uma estrutura independente.

PROJETO
• é altamente recomendável investir na contratação de um arquiteto ou engenheiro civil, informando a este profissional o quanto se pretende gastar com a construção;
• revisar o projeto e esclarecer todas as dúvidas até o fim. É muito mais fácil e barato solucionar erros e pedir mudanças na fase do projeto do que derrubar paredes durante a obra;
• o telhado é um dos itens mais caros da construção; mansardas e outros recortes no desenho da cobertura representam mais custos de material e mão de obra;
• concentrar banheiros e cozinha numa mesma área permite otimizar o uso da tubulação hidráulica necessária;
• sobrados geralmente custam menos que casas térreas; com o mesmo telhado cobre-se o dobro de área construída, além de utilizar-se praticamente o mesmo tipo de fundação;
• a construção de ambientes como adega e salão de jogos somente devem ser previstos caso sejam realmente utilizados;
• uma planta cheia de recortes dificulta a execução do serviço, requer mais material e representa mais área de pintura;
• recortes em pisos de cerâmica, azulejos e outros materiais de acabamento (para assentamento nos cantos) são fonte de desperdício, pois dificilmente é possível aproveitar as sobras. Ambientes projetados com dimensões adequadas às medidas-padrão desses materiais evitam essas perdas.

PLANEJAMENTO
• depois que o projeto estiver completamente definido, é necessário um planejamento da obra. Elaborada em conjunto com o profissional responsável pela obra, uma planilha pode registrar a ordem de execução dos serviços, duração e custo de cada fase da obra, evitando-se gastos com mão-de-obra e/ou materiais não necessários no momento;
• o fluxo de caixa deve ser controlado para não correr o risco de parar a obra por falta de dinheiro (obra demorada é sempre mais cara). Anotar na planilha todos os gastos e sempre guardar recibos e notas fiscais, pois eles serão úteis para declaração do Imposto de Renda e para enfrentar eventuais problemas legais;
• mesmo que os materiais de acabamento ainda não tenham sido escolhidos, devem ser anotadas na planilha especificações dadas por quem fez o projeto, como tamanho, espessura, tonalidade, classe de abrasão e nível de absorção de água das cerâmicas, o mesmo valendo para outros itens, como madeira e carpete, poupando tempo na hora de pesquisar e comprar.

CONTRATAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
• preferencialmente, somente chamar profissionais conhecidos ou indicados por amigos ou parentes; se possível, é bom ver um trabalho pronto;
• utilizar uma equipe que normalmente trabalha para o seu arquiteto ou engenheiro pode ser mais cômodo, mas nem sempre sai mais em conta. Caso outros operários competentes e de confiança sejam conhecidos, verificar com o profissional responsável pela obra se não há empecilhos, fazer a cotação com os dois grupos e então decidir;
• quando se tem um empreiteiro, é ele o responsável pela contratação e pagamento de encargos trabalhistas. Se a administração da obra não contar com esse profissional, é importante estabelecer uma relação contratual por escrito com os operários, especificando o tipo de serviço que se espera deles, o prazo e o valor. Não se deve esquecer de recolher o INSS dos trabalhadores, caso contrário esse valor terá que ser acertado de uma só vez ao requerer o Habite-se à prefeitura, evitando problemas com a Justiça do Trabalho;
• determinar uma forma de pagamento baseada na produção, estabelecendo assim que o pagamento da mão-de-obra ficará condicionado ao cumprimento de determinadas etapas e prazos;

COMPRA DE MATERIAIS
• pesquisar exaustivamente os preços de materiais e pedir orçamentos por escrito. Para poupar tempo, verificar se a loja fornece orçamentos por fax ou e-mail. Fazer a pesquisa levando em conta os parâmetros estabelecidos pelo profissional que elaborou o projeto, tentando achar a melhor relação entre qualidade e preço (não esquecendo que, além do custo de construção, há também um de manutenção, ou seja, materiais de baixa qualidade só são economia a curto prazo, e em pouco tempo a obra começará a apresentar problemas);
• lembrar de incluir o frete na conta da pesquisa, caso necessário;
• às vezes, é possível fechar um pacote para a compra de uma grande quantidade de materiais numa única loja e, assim, negociar um desconto ou o pagamento a prazo. A pechincha é regra básica;
• tentar, se possível, fazer compras em conjunto caso haja vizinhos construindo perto. Quanto maior a quantidade de material encomendado, maior o poder de barganha para negociar preços, além de ser possível dividir os custos de frete;
• conferir se o material entregue na obra é o mesmo comprado e se está na quantidade certa. Cuidados redobrados devem ser tomados com material a granel, como areia;
• pesquisar também em lojas de materiais de demolição e cemitérios de azulejos. Neles é possível encontrar muita coisa em bom estado e por um bom preço (nas capitais onde virou moda materiais de demolição, eles chegam a custar mais caro que o material novo. A alternativa é procurar em cidades pequenas ou nas proprias demolições);
• a compra antecipada de materiais de acabamento deve ser feita considerando uma margem de aproximadamente 10% de sobras para cobrir quebras e consertos futuros;

ACOMPANHAMENTO
• é importante acompanhar de perto a obra para ter certeza de que o planejamento está sendo cumprido e de que não há desperdícios. Caso isso não seja possível, deve-se escolher um profissional competente e de confiança para tanto.

ESTOCAGEM
• observar o prazo de validade de materias como o cimento. Não deve ser armazenada muita quantidade nem com muita antecedência (a planilha ajuda essa programação);
• o material deve estar protegido da chuva, vento e outras intempéries. A areia e o cimento



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Tabela 1.1 - Modelo de questionário